terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O esqueleto e o Pintas


O esqueleto sorriu com todos os dentes à mostra, o cão é que não achou graça nenhuma, e, cheio de medo, fugiu.
No dia seguinte, o cão Pintas passeava pelo recreio pacientemente quando apareceu o esqueleto e disse:
- Olá! Eu sou o João. E tu como é que te chamas? – Perguntou o esqueleto.
O cão, cheio de medo, voltou a fugir. O esqueleto triste, porque toda a gente tinha medo dele, votou para dentro da escola. No intervalo da tarde, o esqueleto passeava triste, ouvindo os gritos das crianças a fugiram. O Pintas também passeava por ali vendo o coitado do esqueleto, triste e sozinho. Ele ainda tinha medo do esqueleto, por isso não o ajudava naquele momento difícil.
Uma semana depois…
O cão estava cada vez com mais atenção ao esqueleto. Passado muito tempo, ele estava ainda pior, mais triste e menos eléctrico.
Por cada dia que passava o cão tinha ainda mais pena do esqueleto. Um dia ele pensou: - tenho de ganhar coragem para falar com o coitado do esqueleto João! Mas para esse dia chegar ainda demorou bastante tempo.
E então esse tempo passou. O cão ganhou coragem para falar com o esqueleto João. Mas nesse dia a professora ia deitar coisas velhas da sala para o lixo, e o esqueleto era uma delas.
O cão correu apressado pelos corredores da escola até a sala do esqueleto. A professora estava a falar com o esqueleto, ele estava com malas nas mãos. Ela tinha uma caixa fechada na mesa dela e dizia:
- João, tens de te ir embora, eu comprei um esqueleto novo. – O esqueleto saiu da sala a chorar.
O cão foi atrás dele e disse-lhe:
- Eu quero ser teu amigo. Tive uma ideia para a professora te deixar na escola. – O esqueleto sorriu e disse.
- Obrigado Pintas, a professora não vai deixar.
A professora saiu da sala também a correr e disse para o esqueleto:
- Podes fica, o novo esqueleto é um esqueleto feminino! – Então o esqueleto passou de zero amigos a dois. E os três ficaram juntos como uma família.